Fauvismo


Foi o primeiro dos movimentos artísticos de vanguarda do sec.XX, o fauvismo com seu desprezo pelo realismo imediato, foi o precursor do abstracionismo.

Movimento pictórico do início do sec XX, o fauvismo reuniu um grupo de pintores que desejavam libertar a cor das regras tradicionais da pintura, marcada pelo intelectualismo e dos condicionamentos impostos pela cor natural dos objetos.
Devido à violência com que usavam as cores puras, esses artistas foram chamados pelo crítico Louis Vauxcelles de fauves (feras), donde o nome do movimento.


Fontes:
www.wikipedia.org

Enciclopédia Barsa Raffaella 6ªDnº28

Henri-Émile-Benoît Matisse

Matisse,nasceu em 1869 e faleceu em 1954 em Nice, sul da França.
Em 1891 mudou-se para Paris, onde estudou artes.
Foi pintor, desenhista e escritor francês do fauvismo, considerado o artista do século em que viveu.
A arte do pintor francês, baseia-se num método, que segundo ele, consiste em abordar separadamente cada elemento da obra- desenho, cor, composição – e juntá-los numa síntese, “sem que a eloqüência de um deles seja diminuída pela presença dos outros”.
Causou sensação ao incluir-se com dois amigos, entre os fauvistas.
Em sua primeira fase, Matisse se mostrava como descendente direto de Cézanne, em busca do equilíbrio das massas, mas outras influências como as de Gaugin, Van Gogh e Signac, levaram-no a tratar a cor como elemento de composição.
Em “luxo, calma e volúpia” ainda revelava a influência dos pós-impressionistas, mas já demonstrava grande simplificação da cor, do traço e dos volumes.
Dos pintores fauvista que exploraram o sensualismo das cores fortes, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade.
Ao explorar o ritmo das curvas, Matisse procurou uma composição livre, sem outra ligação que não o senso de harmonia plástica.
Sua cor não se dissolvia em matizes, mas era delimitada pelo traço.

“ A listra verde”

È um exemplo típico do fauvismo, que tinha na pesquisa da capacidade expressiva da cor uma de suas características.

“ A lição de piano”
Já liberto do fauvismo, mostrou às vezes, tendência de reduzir as linhas à essência, bem como em “A lição de piano”, mas não se interessou pela pura abstração.
Segundo Wikipédia, apesar de nunca ter se juntado aos Cubistas, sofreu algumas influências desse grupo. Sua pintura era um pouco austera, com linhas retas e formas geométricas.
O amor pela exuberância decorativa aparece como exemplo na série “Odaliscas”.
Em sua fase final, Matisse voltou-se para a esquematização das figuras de que são exemplos e a técnica que chamou de “desenho com tesoura” que ilustram Jazz, livro com sobre impressões sobre a arte e a vida.
Em sua última fase, dedicou-se à concepção arquitetônica e à decoração interior da capela do Rosário, que considerava sua melhor obra, e nela concebeu todos os detalhes dos vitrais ao mobiliário, voltado para uma concepção mais ascética das formas, embora nos arabescos florais predomine uma linha sinuosa.


Amigos fauvistas de Matisse: Albert Marquet e André Derain

Fontes:
Enciclopédia Barsa
www.wikipedia.org

Imagens:
www.google.com.br

Raffaella 6ªD nº28

Sala1 Pinacoteca

Sala1 Pinacoteca
Matisse

Todos Juntos

Os cinco artistas contemporâneos , influenciados por Matisse, expõe no mesmo espaço
Raffa

Cécile Bart

Cécile Bart

Cécile Bart x Matisse

As formas estão distribuídas em torno de uma diagonal imaginária e quase em simetria, como em obras com modelos de Matisse.

A artista deixa em sua obra o tecido cru, aparente incorporado à composição como em algumas obras de Matisse.

A cor utilizada em recortes de tecido, assemelha-se às colagens de Matisse, utilizando-a com matéria

Raffa


Pierre Mabille

Pierre Mabille

Pierre Mabille x Matisse

São obras unitárias que fazem parte de um todo

A figura foi selecionada para nos lembrar de coisas diferentes existentes na natureza:sementes, bocas,olhos.

Assim suas pinturas não são abstrações mas repetições como em Matisse, tentando atingir a máxima simplicidade.

Pierre Mabille usa cores quentes e vibrantes provocando reações no espectador semelhante a Matisse quando provoca nossa noção de profundidade e sobreposição.

Raffa

Philippe Richard

Philippe Richard

Philippe Richard x Matisse

O autor apresenta o espaço com diferentes obras que se harmonizam com o todo.

Da mesma maneira esta característica é identificada em cenas de Matisse.

1- cor-luz – círculos cheios distribuídos pelas paredes.

Propagando-se como energia para além de seu suporte.

2- cor expandida – círculo vazado – com pequena tela entre seus elementos e muitas linhas coloridas, a cor se expande para além dos limites da tela, relaciona-se diretamente com o espaço expositivo.

3- cor matéria- setas fixas à parede, quase que impondo sua presença, atacando a superfície branca .

Raffa

Frédérique Lucien

Frédérique Lucien

Fréderiqué Lucien x Matisse

Aqui aparecem os suportes tradicionalmente usados pelas artes, a tela e o papel, mas a maneira como apresentam a imagem é nova.

As figuras de plantas retratadas foram esculpidas no próprio suporte com tesoura e estilete.

Técnica que nos remete a Matisse :”desenho com tesoura” (papiers collés ou gouaches découpées ).

Raffa

Cristophe Cuzin

Cristophe Cuzin

Cristophe Cuzin x Matisse

Cristophe optou por realizar sua obra fora do espaço expositvo, no corredor.

O suporte desta obra é o próprio edifício, suas cores modelam-se a arquitetura.

O material utilizado é basicamente fitas adesivas coloridas, com cores originais.

As referências de Matisse estão presentes nas cores vivas, complementares, nos contrastes , vibração ,simplicidade.

Raffa

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A História da Pinacoteca do Estado

No primeiro centenário, a Pinacoteca do Estado acompanhou a transformação da cidade em uma das maiores metrópoles do planeta, espaço para um complexo cenário cultural,de imensa vitalidade e diversidade. Surgiu nesse contexto dinâmico, como resultado da ação modernizante das elites paulistas do final do século 19, integrando o movimento de constituição para São Paulo, que tem o seu momento fundante na criação do Museu do Estado, hoje, Museu Paulista da Universidade de São Paulo, em 1895. Instalada, dez anos depois, em 1905, por iniciativa do Governo do Estado, no edifício da Avenida Tiradentes, que ocupa até hoje, a Pinacoteca atravessou seu primeiro século de atividade acumulando um notável saldo de conquista. Da frágil situação das décadas iniciais, vividas á sombra do Liceu de Artes e Ofícios, evoluiu para uma organização consistente, ainda que de perfil bastante conservador, que logrou nos seus primeiros cinquenta anos formar um significativo acervo. A partir do final da década de 1960, a Pinacoteca passou por uma marcante transformação, estruturando-se e assumindo-se gradativamente como um museu de arte moderna, comprometido com a produção de seu tempo, que alcança uma destacada presença no cenário artístico do país. Nas últimas décadas, conquistou o aprimoramento técnico do edifício, a ampliação de suas coleções e o fortalecimento de sua equipe de profissionais, afirmando-se como uma referência no panorama museológico internacional.
Nos dias atuais, a Pinacoteca dá prosseguimento a esse movimento de concolidão, com a incorporação de um novo edifício, a Estação Pinacoteca, e a proposta de uma terceira construção, dedicada á produção contemporânea, reforçando assim sua presença na área central de São Paulo. Mais ainda, em janeiro de 2006, inicia um novo modelo de gestão, quando a Associação de Amigos da Pinacoteca, qualificada como Organização Social da Área de Cultura pelo Governo do Estado, torna-se responsável por sua administração, em uma pioneira iniciativa de articulação entre a ação do estado e a sociedade civil.
Reconhecida hoje como um espaço de excelência, a Pinacoteca do Estado ingressa no terceiro milênio com um projeto museológico que reafirma sua vocação de museu comprometido com a constituição, salvaguarda e comunicação de um acervo de artes visuais produzidas no Brasil ou por artistas brasileiros, ao mesmo tempo em que busca preservar seus edifícios e sua memória, caracterizando-se como uma instituição educacional voltada para o aprimoramento da qualidade da experiência do público com a arte e para o fomento das mais diversas manifestações artísticas.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

pinacoteca

História
Antecedentes
As origens da Pinacoteca do Estado remetem à criação do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, instituição privada fundada em 1873 por iniciativa de Leôncio de Carvalho, agregando 131 sócios beneméritos, e inicialmente denominada Sociedade Propagadora da Instrução Popular. Inspirada no positivismo e com o apoio da maçonaria, a instituição passou a ministrar cursos profissionalizantes gratuitos voltados para as artes aplicadas, a lavoura e a indústria, de maneira semelhante ao contemporâneo movimento Arts and Crafts da Inglaterra. Somente na sua primeira década de atividades, o Liceu formaria mais de oitocentos alunos, atestando a forte demanda gerada pelo período de grande expansão econômica e populacional que a cidade atravessava.


Oficinas do Liceu na Rua da Cantareira, c. 1910. Acervo do Liceu de Artes e Ofícios.
Projeto de Ramos de Azevedo e Domiziano Rossi para o Liceu de Artes e Ofícios (1896).Em 1895, o engenheiro Francisco de Paula Ramos de Azevedo assumiu a direção do Liceu, empreendendo uma reforma ampla que objetivava a futura criação de uma Escola de Belas Artes na capital paulista. Dessa forma, coube à instituição preencher também essa lacuna e, extrapolando a função de formar artesãos, atuou no âmbito do ensino artístico, formando nomes como Hugo Adami, Mário Zanini e Odetto Guersoni.
Em 1897, o governo do estado cedeu ao Liceu um terreno no cruzamento das avenidas Santos Dumont e Tiradentes, dentro da área do Jardim da Luz, para servir de sede à instituição. O projeto ficou a cargo do escritório de Ramos de Azevedo, com a colaboração de Domiziano Rossi. Em estilo monumental e neoclássico, foi parcialmente concluído e inaugurado em 1900, quando começaram a funcionar alguns cursos de instrução artística, além do Ginásio do Estado, que dividiria o espaço com o Liceu até 1924.

[editar] A fundação
A Pinacoteca do Estado foi oficialmente criada em 1905, com o apoio do vereador Maurício de Sampaio Vianna, do engenheiro Adolpho Augusto Pinto e do mecenas e senador José Freitas Valle. Sua implantação definitiva, no entanto, ocorreu algum tempo depois, por iniciativa do então secretário do Interior e da Justiça, Cardoso de Almeida, que requisitou ao Museu Paulista (ou "do Ipiranga") a transferência de 26 quadros para serem expostos em uma sala do Liceu de Artes e Ofícios. As obras eram retratos, paisagens e naturezas-mortas de autores como Almeida Júnior, Antônio Parreiras, Oscar Pereira da Silva, Benedito Calixto, Eliseu Visconti e Pedro Weingärtner, entre outros, que destoavam do perfil histórico do museu do Ipiranga, imbuído de um projeto de consolidação de uma iconografia que refletisse o ideário republicano.

Ramos de Azevedo, declarado também diretor da Pinacoteca, projetou adaptações no terceiro andar do Liceu para abrigar as obras, incluindo a instalação de uma clarabóia retangular. A inauguração ocorreu em 24 de dezembro de 1905, com a presença do presidente do estado, Jorge Tibiriçá, além de Rodrigues Alves, Domício da Gama, José Joaquim Seabra, entre outros membros da elite política e econômica de São Paulo.


Exposição de Arte Francesa, realizada na Pinacoteca do Estado em 1913. De 1911 a 1930
Apesar da inauguração pomposa, já em 1911 a imprensa paulistana registrava, sobre o museu, que “ninguém via nem sabia para que fora criado”[5]. Foi quando Freitas Valle, então deputado pelo Partido Republicano Paulista, redigiu o projeto da lei nº 1.271, aprovada com o respaldo de Sampaio Vianna, de Ramos de Azevedo e de Adolpho Pinto, dando a Pinacoteca o status de órgão autônomo e a definindo como museu estatal. A lei estabelecia ainda que a instituição deveria continuar a funcionar como núcleo de aprendizado, nos moldes que haviam sido estabelecidos pelo Liceu.

O museu foi por fim franqueado permanentemente à visitação pública em dezembro de 1911, quando se inaugurou também a Primeira Exposição Brasileira de Belas-Artes. Durante a mostra, o governo do estado fez sua primeira aquisição direta para o acervo da Pinacoteca, comprando Leilão de peixes, do espanhol Cubells y Ruiz. A Segunda Exposição Brasileira de Belas-Artes ocorreu no ano seguinte com a presença de 54 pintores e nove escultores, mas foi criticada pela ausência de obras-primas e não mais retomada.
Em 1913, a Pinacoteca sediou uma abrangente mostra itinerante de arte francesa. Promovida pelo Comitê França-América, a mostra vinha de Buenos Aires, onde teriam ficado a maior parte das peças relevantes. O governo optou por adquirir a seção de arte retrospectiva, com gravuras, reproduções, fotografias e moldes. A mostra fora planejada como a primeira de uma série dedicada à arte das nacionalidades latinas européias, mas não pode ser levada adiante após a eclosão da Primeira Guerra Mundial[7]. Também foram organizadas, nesses primeiros anos, algumas mostras individuais (como as de Aurélio de Figueiredo e de Pedro Alexandrino, em 1912) e, notadamente, exposições dedicadadas à escultura. Muitos escultores de renome, tais como Amadeu Zani, Ettore Ximenes e Julio Starace, atuaram como professores do Liceu, obtendo assim permissão para expor sua produção nos salões do edifício, onde estabeleceram-se de forma alternada a partir de 1912.


Recorte do jornal Correio Paulistano de 4 de novembro de 1928, anuncia a compra de Bananal, de Lasar Segall.Ainda nos primeiros anos, a mudança das oficinas do Liceu para os galpões na Rua da Cantareira liberou espaço no edifício para a exposição do acervo, que durante as três primeiras décadas, cresceria com base nos critérios consagrados de arte burguesa, ecoando o gosto predominantemente acadêmico dos salões de artes e das doações feitas pelas abastadas famílias paulistanas. As primeiras peças não comprometidas com o ideário acadêmico ingressaram no acervo por meio do Pensionato Artístico do Estado de São Paulo. O Pensionato concedia bolsas de estudo para que alunos de artes plásticas se aperfeiçoassem na Europa, ficando os bolsistas obrigados a enviar à Pinacoteca, ao término de sua viagem, duas cópias de obras célebres e um trabalho original. Assim, incorporaram-se à coleção A carregadora de perfume, de Victor Brecheret e Tropical, de Anita Malfatti. De forma semelhante, a aquisição da tela Bananal de Lasar Segall também indicou uma pequena quebra junto ao perfil conservador da coleção.

Em julho de 1924, eclodiu em São Paulo a segunda Revolta Tenentista. Durante o conflito, a Pinacoteca foi forçada a fechar as portas e seu edifício foi atingido por granadas e balas de fuzis, sendo posteriormente reparado. Em 1930, com a chegada de Getúlio Vargas ao poder e o afastamento de políticos e alto-funcionários ligados ao antigo governo paulista, a Pinacoteca, que já se encontrava desestabilizada desde a morte de Ramos de Azevedo, ocorrida em 1928, quase foi extinta. Permaneceria fechada durante toda a Revolução de 1930, alojando a Primeira Legião, vinda do Paraná.

De 1930 a 1947

Revolucionários de 1930 acampados no Jardim da Luz.
A antiga sede da Pinacoteca do Estado na Rua Onze de Agosto.A ocupação militar em 1930, somada a um incêndio ocorrido no edifício nesse mesmo ano, levaram à dispersão de parte do acervo. No ano seguinte, foi criado o Conselho de Orientação Artística (COA), para desenvolver um política de aquisições e um plano de defesa do patrimônio artístico, mas a instabilidade do ambiente político não permitiria avanços. No ano seguinte, o edifício seria requisitado durante a Revolução Constitucionalista para abrigar as tropas paulistas. A dispersão do acervo se completou e as peças permaneceram sob custódia de diversos órgãos públicos. A administração da instituição foi transferida para um edifício na Rua Onze de Agosto, onde funcionava a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.[9] Por sua vez, o Liceu de Artes e Ofícios, que havia se transferido para um prédio na Avenida Tiradentes por conta dos motins, não mais retornaria ao edifício do Jardim da Luz.

Nos anos seguintes a Pinacoteca trataria de reunir na sede da Rua Onze da Agosto as peças que haviam se dispersado, voltando a abrir as portas em 1936. Uma comissão chefiada por José Wasth Rodrigues e Lopes de Leão detectou o desaparecimento de um medalhão neoclássico de Jacques-Louis David e de 93 gravuras francesas. Outras peças seriam extraviadas devido à prática de emprestar obras ao Palácio dos Campos Elísios e outros órgãos governamentais. Nesse meio tempo, o governo do estado adquiriu, por sugestão de Mário de Andrade, a tela Mestiço, de Cândido Portinari - a primeira obra do pintor a integrar a coleção de um museu.

Em 1937, a Pinacoteca inaugurou a Sala Henrique Bernardelli, expondo parte do grande espólio legado pelos irmãos Henrique e Rodolfo Bernardelli. O acervo então somava 900 peças. Nesse mesmo ano, Lopes de Leão foi empossado no cargo de diretor da Escola de Belas-Artes e da Pinacoteca. Em 1939, o novo diretor instituiu os cargos de restaurador e diretor-técnico. Em 1941, recusou a oferta feita pela prefeitura para instalar a Pinacoteca no Palácio das Indústrias, por temer os efeitos da poluição emitida pelo gasômetro vizinho.

Em 1947, em decorrência de diversos fatores, o museu retornaria ao antigo edifício na Avenida Tiradentes. A prefeitura havia desapropriado o edifício da Rua Onze de Agosto, com a intenção de demoli-lo para erguer a Praça Clóvis Bevilacqua, levando o governo do estado a adquirir o edifício do Liceu de Artes e Ofícios para lá abrigar novamente a Pinacoteca, a Escola de Belas-Artes e o Conselho de Orientação Artística.[11] No processo de mudança, o acervo sofreria novas perdas, nomeadamente da maquete em gesso do Monumento às Bandeiras, doada por Victor Brecheret, que se esfacelou após uma queda. No que tange à ampliação do acervo, destacou-se a aquisição do espólio do pintor Pedro Alexandrino e a transferência de um segundo lote de obras procedentes do Museu Paulista. Durante todo esse período, a Pinacoteca manteve-se relativamente distante dos movimentos de renovação artística do século XX, bem dos demais museus de artes criados na década de 1940 (como o MASP e o MAM), seguindo sua vocação inicial de formar de um acervo com obras acadêmicas.

De 1947 a 1966
Em 1947, Túlio Mugnaini substituiu Lopes de Leão na direção da Pinacoteca, ao mesmo tempo em que o Conselho de Orientação Artística foi extinto. Entre as suas realizações, destacaria-se a criação das “Conferências Passeios”, em que nomes consagrados no meio artístico, como Anita Malfatti, Quirino Campofiorito e Georgina de Albuquerque, conduziam os visitantes ao contato com o acervo. Em 1950, em comemoração ao centenário de nascimento de Almeida Júnior, a Pinacoteca organizou com uma grande retrospectiva da obra pintor. Dois anos depois, a Pinacoteca recebeu uma importante doação de 130 peças deixadas em testamento por José Manuel de Azevedo Marques. Apesar das atividades e dos esforços de Mugnaini para incrementar a visitação, o público ainda era escasso quando comparado aos outros museus de arte da cidade.


Almeida Júnior (1850-1899). Caipira picando fumo, 1893. Óleo sobre tela, 70 x 50 cm.A visitação inexpressiva seria em parte compensada pela iniciativa denominada Pinacoteca Circulante. O projeto, levado a cabo até 1971, consistia em percorrer o interior paulista com uma seleção de obras consagradas, exibidas em clubes, salões paroquiais e escolas, visando democratizar o acesso e reforçar o caráter estadual da instituição. Iniciando por São José do Rio Preto, a Pinacoteca Circulante realizaria mais de 100 exposições em aproximadamente setenta cidades do interior do estado, atingindo um público total de 300 mil pessoas. Após quase duas décadas de mostras itinerantes, as exposições foram encerradas após uma grande reforma no edifício do Jardim da Luz. Walter Wey, o diretor da Pinacoteca à época, justificaria o fim da iniciativa por meio do desgaste causado pelo transporte contínuo das obras mais frágeis.

Em 1955, a Pinacoteca comemorou seu cinquentenário "como um museu esquecido", no dizer da imprensa da época.[14] Mugnaini lançou uma campanha de divulgação do museu, informando os horários de visitação e a existência de uma biblioteca especializada. O acervo crescia mais influenciado pelas doações do que pelas aquisições. A família Silveira Cintra doou 133 obras de tradição acadêmica e Dario Villares Barbosa, ex-bolsista do Pensionato Artístico, legou à Pinacoteca 248 quadros de sua autoria. À época, Mugnaini relutou em aceitar o espólio, por considerar o artista pouco representativo para que se agregasse um lote tão grande de seus trabalhos à coleção.[15]

Somente em 1956 a Pinacoteca abriria espaço para a arte moderna, inaugurando uma a sala com obras de tendências não acadêmicas e sediando a exposição Modernistas 1910/1950, com obras de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Cândido Portinari e Mário Navarro da Costa, entre outros. Paralelamente, Mugnaini buscou formular estratégias para aumentar a visitação, mas não obteve êxito. As pequenas intervenções feitas, como a adição de seis salas e mais um corredor, eram incapazes de resolver os dois problemas crônicos do museu: a falta de espaço para expor a coleção e a falta de visitantes para apreciá-la. Por outro lado, a gestão Mugnaini logrou recuperar algumas obras espalhadas pelas repartições públicas desde a década de 1930.

Com o golpe militar, Mugnaini foi convocado em maio de 1964 para depor em uma comissão responsável por apurar a posição ideológica dos funcionários. Mugnaini não depôs e foi aposentado compulsoriamente, sendo substituído pelo jornalista João de Scantimburgo. Scantimburgo permaneceu no cargo até 1966, quando foi substituído por Sílvio Costa e Silva.

[editar] De 1967 aos dias de hoje
Em 1967, Delmiro Gonçalves assumiu a direção. Durante sua gestão, esforçou-se para incorporar obras de artistas atuantes em São Paulo desde a década de 1930, como Flávio de Carvalho e Ernesto de Fiori. Delmiro foi o primeiro diretor da Pinacoteca a entender a instituição como um núcleo voltado à arte de seu tempo. Assim, ampliou também o núcleo de obras de artistas contemporâneos, adquirindo obras de Tomie Ohtake, Manabu Mabe e um conjunto de 387 gravuras de Marcelo Grassmann. O espaço permaneceria escasso, dividido entre o Serviço de Fiscalização Artística, a Escola de Belas-Artes, a Escola de Arte Dramática e o Conservatório Estadual de Canto Orfeônico.

Em 1971, Delmiro Gonçalves foi exonerado e substituído pelo pintor Clóvis Graciano. Nesse mesmo período, o Conselho Estadual de Cultura elaborou uma série de onze medidas que visavam reestruturar os setores técnicos e administrativos, minimizar os danos causados pelo longo período em que o edifício passou sem manutenção e restaurar parte do acervo. Também foi instituída oficialmente a biblioteca, que passava a gerir a documentação museológica e o acervo bibliográfico do museu, e criado o novo Conselho de Orientação Artística.[18] Durante a reforma do edifício, a Pinacoteca passou a organizar eventos em outros espaços, destacando-se a mostra internacional de Arteônica, sediada no Museu de Arte Brasileira da FAAP, além da mostra Grassmann – 25 anos de gravura, na FAAP, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e para o Palácio das Artes, em Belo Horizonte.[19]

Em 1972, o diplomata e crítico de arte Walter Wey assumiu a direção do museu, com a sede ainda sob reforma. A Pinacoteca seria reaberta em 13 de setembro de 1973, com a presença do governador Laudo Natel e do presidente Emílio Garrastazu Médici. Dotada de uma entrada exclusiva, de um teatro de arena e de uma sala de exposições temporárias, a Pinacoteca passou a oferecer melhores condições para a prática de atividades educacionais e para a oferta de uma programação cultural regular, com concertos musicais, peças de teatro, cursos e palestras.[20]

O espaço do edifício da Praça da Luz é compartilhado pela Pinacoteca e pela Escola de Belas Artes até os anos 1980. Na década de 1960, o prédio abriga também a Escola de Arte Dramática. Somente na década de 1980 - quando o prédio é tombado pelo Condephaat em 1982, e com a transferência da Escola de Belas Artes (já então denominada Faculdade de Belas Artes) para o Morumbi, em 1989 - é que o museu passa a contar com um espaço exclusivo para suas atividades.

De meados de 1993 até fevereiro de 1998, a Pinacoteca do Estado passou por uma grande reforma, orçada em aproximadamente R$ 10 milhões, para adaptar-se aos padrões museológicos internacionais. O projeto da reforma é de autoria de Paulo Mendes da Rocha, com o qual o arquiteto ganhou o prêmio internacional Mies van der Rohe em junho de 2000. Em 1992, Emanoel Araújo, escultor baiano, assumiu a direção da Pinacoteca com o projeto de reascender a atenção voltada para o Centro. Por isso, durante a reforma do prédio, mudou-se a entrada do museu, a princípio localizada na Avenida Tiradentes, para ter sua face voltada para a Estação da Luz. Com a nova estrutura, transformou-se em um dos melhores locais para grandes exposições no Brasil e passou a receber grandes exposições, dentre as quais merece destaque a do escultor francês Auguste Rodin, que levou ao museu mais de 150.000 pessoas.

Mais recentemente, o antigo prédio do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), também projetado por Ramos de Azevedo, no início do século XX, para servir como armazém da Cia. Sorocabana, foi totalmente restaurado e funciona como anexo da Pinacoteca do Estado. Na Estação Pinacoteca, como é denominado o espaço, funciona um Centro de Memória, destinado à pesquisa e preservação de um acervo documental sobre a história da instituição, além de exposições e outras atividades, como a capacitação de professores. Também abriga e expõe ao público a rica coleção José e Paulina Nemirovsky, cedida ao museu em regime de comodato em 2004 pela Fundação Nemirovsky.



Edifício-sede com intervenção de Paulo Mendes da RochaApós a criação do Liceu de Artes e Ofícios em 1873, os mantenedores da instituição negociam com o governo provincial a doação de um terreno para a escola, ao lado do Jardim Público da Luz – o que ocorre em 1896 -, além da concessão de recursos para a edificação da sede, cujas obras se iniciam em 1897.


Fachada principal.O prédio, projetado por Ramos de Azevedo e Domiciano Rossi, seu principal colaborador, tem estilo monumental em forte consonância com os princípios do ecletismo italiano, formado por três pavimentos, com dois pátios internos de modo a garantir ventilação e iluminação. No centro, primeiro piso, localiza-se o saguão central, com altíssimo pé-direito e janelas voltadas para o interior, que prevê uma cúpula, nunca concluída. Na construção foram empregados materiais importados como pinho-de-riga e cerâmica francesa. No projeto, os engenheiros idealizaram a integração entre o edifício e o Jardim da Luz, pelo recurso às varandas laterais e às janelas que dão para o parque. O prédio foi parcialmente inaugurado em 1900, quando começaram a funcionar alguns cursos de instrução primária e artística. O edifício, no entanto, nunca foi concluído, como atestam os tijolos expostos na fachada e nos pátios internos e na ausência da já referida cúpula, que constava do projeto original.


Fachada posterior da PinacotecaO tombamento do prédio foi oficializado em 1982, visando à preservação de um dos componentes do conjunto arquitetônico do bairro da Luz, característico da passagem do século XIX para o XX em São Paulo, onde se inserem ainda a Estação da Luz, A Estação Júlio Prestes, o Museu de Arte Sacra de São Paulo, entre outros.

Entre 1993 e 1998, o edifício-sede sofreu uma ampla reforma conduzida pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, em conjunto com os arquitetos Weliton Ricoy Torres e Eduardo Argenton Colonelli, da qual resultou um museu adaptado às necessidades de exposições internacionais, tornando a Pinacoteca do Estado um destino certo para grande parte das mostras que chegam a São Paulo. O projeto de reforma foi laureado com o Prêmio Mies van der Rohe para a América Latina aos três arquitetos.

Estação Pinacoteca
Ver artigo principal: Estação Pinacoteca
Em 2003, a Pinacoteca do Estado passou a administrar também prédio onde funcionou, por mais de meio século, o DOPS (Departamento de Ordem e Política Social), no centro de São Paulo. Inaugurado em 1914, e projetado por Ramos de Azevedo para servir de armazém da Companhia Sorocabana, o prédio foi totalmente restaurado de acordo com projeto do arquiteto Haron Cohen. Hoje, denominado Estação Pinacoteca, o espaço de oito mil metros quadrados apresenta condições técnicas ideais para as atividades museológicas que comporta.

Linha do tempo no site da pinacoteca.

Postado por Beatriz Ramos, número 04, 6 série D.

PINACOTECA-fotos







































































































FEITO POR:Victoria Jachen Tsai 6D Nº32

Cubismo


Coleção o Cubismo e seus entornos






Na coleção o cubismo e seus entornos, o cubismo é entendido como um movimento fundamental na história da arte moderna, mas trata-se de um movimento que foi diverço, e que gerou outras tendencias artisticas.




Algumas obras:















Natalia Gontcharova


Le Linge, 1912



(A Roupa)































Vicente Do Rego Monteiro

Os Talheres





























Juan Gris

La Chanteuse, 1926

(A Cantora)



















Joaquín Torres Garcia


Physique, 1929


(Fisica)





Por: Jennifer P. Auler Nº 12

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A Pinacoteca do Estado De São Paulo

HISTÓRICO

A pinacoteca do Estado De São Paulo foi funadada no dia 24 de dezembro de 1905!
Os incentivadores foram: o vereador Maurício De Sampaio Vianna, o engenheiro Adolpho Augusto Pinto e do senador José Freitas Valle.A Pinacoteca se localiza em um prédio que foi inicialmente construído para abrigar o Liceu de Artes. Ao ser inaugurada a Pinacoteca abrigava 26 pinturas de artistas importantes, entre eles estavam:Almeida Júnior, Pedro Alexandrino, Berthe Worms e muitos outros.Nos primeiros anos de existência, a Pinacoteca só ocupava uma pequena área no terceiro andar do Liceu De Artes, e só se tornou um órgão autônomo(INDEPENDENTE) em 1911.Nos próximos anos, a Pinacoteca deu ênfase na Arte Brasileira do século XIX.A partir de 1967, o prédio começou a ser reformado e as atividades do museu aumentaram.Ao completar 100 anos, a Pinacoteca abrigava um acervo de mais de 8 mil obras de diversos autores e dois prédios com mais de 20 mil m² de instalações.Nesse período, também foi criada a estação Pinacoteca

Por: Ana Carolina Kang 6D n02
FONTES: www.pinacoteca.org.br e www.wikipedia.org.br

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Arte e Cultura Brasileira: PROGRAMAÇÃO PINACOTECA 2009

Arte e Cultura Brasileira: PROGRAMAÇÃO PINACOTECA 2009

PROGRAMAÇÃO PINACOTECA 2009



  • A Pinacoteca do Estado de São Paulo

    A Pinacoteca possui um acervo de obras permanente e exposições intermitentes que são escolhidas conforme projetos que são pesquisados junto á população e aos artistas e depois passam pelo julgamento dos patrocinadores e colaboradores . Existe um orçamento anual para isto e a secretaria do Estado da Cultura está inserida neste contexto.
    A Estação Pinacoteca também abriga um Centro de Documentação e Memória, que tem como objetivo a constituição, preservação e pesquisa de um acervo documental sobre a história da Instituição, e a Biblioteca Walter Wey – centro de pesquisa especializado em artes visuais. O espaço conta também com o Auditório Vitae e instalações para atividades culturais e educativas, além de sediar convênios com outras instituições artísticas, como a Fundação José e Paulina Nemirovsky, detentora uma das mais notáveis coleções de arte modernista brasileira.
    Acervo permanente: 8 mil obras entre metade do séc XIX até sec XXI nas mais diversas pinturas, esculturas , gravuras no 2ºandar
    1]Sala Brasiliana : mostra autores nacionais diversos como Tarcila do Amaral [1924 ]
    2]Sala Pedro Alexandrino : mostra obras dele e outras naturezas mortas de outros autores como Bassi,e outros
    3]Grande Salão: diversos artistas brasileiros e estrangeiros do séc XIX como “ A proclamação da República “ de Benedito Calixto.
    4]Sala Almeida Junior :obras de José Ferraz Almeida Junior por volta de 1895 , sensacionais figuras humanas , retrata a vida no Interior do Brasil.
    5] Sala de paisagem: autores brasileiros retratando lindas paisagens brasileiras , matas , mares , rios , cascatas . EntreOs autores temos Benedito Calixto, João Batista da Costa [A gruta azul],Almeida Junior [1895 Marinha], Antonio Parreiras[Ventania 1888]
    6]Esculturas francesas
    7]GALERIA TÁTIL esculturas Lélio Coluccini[Leda 1950] c/ legenda em braile
    8]Via sacra de Victor Bracheret[Carregadora de perfume 1923]
    OCTÓGONO : Espaço contemporâneo localizado no centro do museo , iniciado em 2003 com finalidade de produção e difusão da arte contemporânea , nacional ou estrangeira.
    EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS 1º andar:
    Set. á novembro 2009: O cubismo e seus entornos
    Diálogos com artistas franceses contemporâneos
    Matisse hoje“Matisse Hoje”, estarão dividas em sete salas da Pinacoteca, que as agruparão segundo os temas “Paisagens iniciais”, “Naturezas mortas”, “Mulheres nos interiores, odaliscas”, “O gabinete de artes gráficas” e “Papéis recortados”.
    Outubro/novembro: Hercules Florence e Celeste Boursier-Mougenot
  • LAURA D. MESQUITA Nº14 6D

Matisse Hoje /Aujourd'hui



Raffaella 6ªD nº28

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PINACOTECA:Localização


FEITO POR:Mariana Madella Yaginuma 6D N22

PINACOTECA:Obras de Tarsila do Amaral

Abaporu

Morro da Favela

Operários-1933 óleo/tela


São Paulo –óleo sobre tela 1924


sagrado coração de jesus




FEITO POR;Mariana Madella Yaginuma 6D N22

PINACOTECA: Tarsila do Amaral

Tarsila do Amaral nasceu no dia primeiro de setembro de 1886 no interior do Estado de São Paulo.
Estudou no colégio Sion localizado em São Paulo e completou seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pintou seu primeiro quadro, “Sagrado Coração de Jesus” Casou em 1906 com André Teixeira Pinto e teve sua primeira filha, se separou para voltar a estudar.
Estudou escultura, desenho e pintura.

Fez parte do “grupo dos cinco” composto por Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia.
Casou de novo com Oswald de Andrade e pintou quadro o “Abaporu” para dar de presente no aniversário de seu marido e este cria o Movimento Antropofágico após ganhar o quadro no qual fica muito empolgado.
Faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973.


FEITO POR:Mariana Madella Yaginuma 6D N-22

sábado, 3 de outubro de 2009

Natureza-Morta

Definição: Natureza-Morta é um tipo de pintura onde aparecem seres inanimados(exs.: frutas, flores, porcelanas, etc.). Na arte contemporânea é comum usar outros suportes como esculturas, vídeo-arte ou instalação dessa prática, como referências à história da arte.

História: Esse tipo de pintura surgiu na Grécia antiga. Segundo um alemão, Nobert Schneider, o título "Natureza-Morta" surgiu na Holanda no século XVII, que competiu com "representação de objetos imóveis" e "natureza imóvel" durante anos no século XVIII.

Postado por:Marina 25